sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Heat the street

Criado pela jovem Sílvia Lopes, o projeto "Heat the street - streetwear your jacket" permite que qualquer pessoa possa participar, pendurando, pela cidade, um agasalho que já não utiliza, juntamente com uma etiqueta da iniciativa (disponível na página de 'Facebook').
"Estou aqui para ti. Se estás na rua com frio, leva-me contigo para te aquecer", lê-se nesses rótulos, que serão distribuídos com os casacos por locais como a Avenida 24 de Julho, Largo de São Paulo, Santos e Bica, a partir das 19 horas de terça-feira.
Em declarações à agência Lusa, Sílvia Lopes explicou que o objetivo é "ajudar quem mais precisa", complementando o trabalho de "organizações que dão este suporte" durante todo o ano aos sem-abrigo.
Dinamizado pelas redes sociais, o evento tem também o intuito de criar "uma corrente de boa energia" e solidária na cidade, razão pela qual é realizado durante a época natalícia.
Sílvia Lopes, que trabalha numa empresa de comunicação, contou à agência Lusa que a adesão ao projeto tem sido muito positiva, não só da parte dos colegas de trabalho como de amigos, tendo já garantido um grupo de 25 pessoas que vão doar agasalhos.
Porém, admitiu que "há sempre quem se insurja", nomeadamente quanto à futura utilização dos casacos.
"Se alguém que não precisa, levar um destes casacos, isso fica na sua consciência", sustentou.
Depois desta primeira iniciativa, a jovem quer "levar isto mais longe" e dinamizar o projeto com uma equipa fixa, o que tenciona fazer em janeiro.
Também está nos seus planos levar a ideia para outros locais.
"Não é por acaso que temos [as etiquetas] em inglês e português. É para chegar a um maior número de pessoas", afirmou.

Fonte: JN

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

De 10 a 16 de Dezembro

Há uma linha em Lisboa que não separa coisa nenhuma. As linhas (no plural, de resto) estão em toda a parte: nas cordas da roupa que seca à janela ao cheiro do vento, no fio de nylon dos já poucos pescadores à beira-Tejo, no teto verde claro dos táxis que se mantêm fiéis às cores não beges a que durante anos nos habituaram, nos carris dos elétricos – os que se usam e os que já só transtornam, nas linhas das folhas de jornais que se enchem de castanhas por tuta e meia, nas linhas do sol a atravessar a Estação do Oriente, na gaita que o amolador sopra da sua bicicleta.
As linhas em Lisboa só aproximam, não separam. Lisboa tem um norte e tem um sul mas esse equador só separa o tempo; tem uma esquerda e uma direita que marcam apenas lugares no Palácio de São Bento; tem um cima e um baixo, mas só os usamos para dividir os feitios aluados dos terra-a-terra.
No final do dia, do ano, quando chega Dezembro, estamos todos alinhados: somos todos lisboetas.
Esta semana temos a Mostra do Cinema da América Latina, documentário dos 25 anos dos Censurados e uma Festa de Natal que celebra a criatividade.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Exposição Magna Carta em Lisboa

Em 1215, outorgavam-se os 63 artigos que compõem a Magna Carta – o primeiro documento dos tempos modernos – que garantiam certas liberdades políticas na Inglaterra de John Lackland, El Rey João Sem-Terra, onde se determinavam as disposições que tornavam a Igreja livre da ingerência da Monarquia, reformavam o Direito e a Justiça e regulavam o comportamento dos funcionários Reais.
A razão que alicerçava o primeiro passo para o Constitucionalismo foi a forma como o Rei exercia de forma soberana e totalitária o seu poder sobre os Barões Ingleses e o Papado de Inocêncio III.
Uma resolução havia que ser tomada, e assim, a 15 de Junho desse ano, em Runnymede, o grupo dos antigos Barões obriga o Rei a assinar aquela que ficou conhecida como a Magna Charta Libertatum.
  


Para ver no Arquivo Nacional - Torre do Tombo 
Até 12 Dez. | 9h30-19h30
Gratuito 
by Francisco Pinheiro | Le Cool

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Benjamin Clementine deixa público a desejar mais



"Se pensarmos bem, a performance não é irónica: Benjamin Clementine e o seu baterista não se apresentam em palco sem sapatos e sem camisa porque querem comentar ou ter uma perspectiva lúdica sobre o que foi a vida crítica de sem-abrigo do artista (emigrado de Londres para Paris com 19 anos, fugido da família, só com 60euros e uma mala cheia de esparguete, Clementine dorme underground em soleiras, arcadas, praças, onde desse e depois corre um ano a viver em hostels de 20euro/dia a dividir quartos com 10, sempre em busca das camas de baixo onde pudesse guardar uma viola meia partida e um órgão barato de ligar à corrente). Não, eles apresentam-se em palco sem sapatos e sem camisa porque é assim que o público anseia poder vê-los - para poder experimentar ao vivo a pobreza e poder participar no processo de superação do artista que começou como homem pobre e na adversidade foi (e nos ventos do metro parisiense) descoberto, amparado, lapidado e agora está ali em consagração, coisa que acontece desde o primeiro minuto em que esta quarta-feira entrou no palco da sala Suggia da Casa da Música, no Porto.(...)Com um único disco lançado no início deste ano ("At least for now"), já é muito popular, Clementine: as cinco datas em Portugal estão a correr esgotadas e a sala mais pequena, o Teatro das Figuras em Faro, onde toca este sábado, é de 600 lugares, e a maior é a do Coliseu de Lisboa, que vai encher esta sexta-feira dentro do festival Vodafone Mexefest."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Património Cultural Imaterial

O fabrico de chocalhos em Portugal foi classificado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.


A decisão foi tomada, esta terça-feira às 14.20 horas, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, a decorrer em Windhoek, capital da Namíbia, até sexta-feira.
O comité aprovou a candidatura portuguesa do fabrico de chocalhos (ou arte chocalheira) e a sua inscrição na Lista do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.
Presente na reunião, a comitiva portuguesa celebrou a distinção ao fazer ecoar pela sala vários chocalhos.
A embaixadora portuguesa na Namíbia, Helena Paiva, considerou ser "um dia feliz para Portugal", que, com esta classificação, inscreve o seu primeiro bem cultural na lista do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.
O dossiê, liderado pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo, em colaboração com a Câmara de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas, no distrito de Évora, já em novembro tinha obtido parecer positivo da comissão internacional de especialistas da UNESCO, que considerou a candidatura como "exemplar".
Coordenado pelo antropólogo Paulo Lima, o processo tem dimensão nacional, mas baseia-se num trabalho técnico e científico à volta da arte chocalheira da freguesia de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, "capital" do fabrico de chocalhos no país.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=4910477

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Natal já brilha em Lisboa

As luzes de Natal já cintilam na baixa de Lisboa, inauguradas em 30 de novembro pelo presidente da Câmara Municipal, Fernando Medina, em ambiente de festa e debaixo de muitas palmas. Antes o edil apresentou a programação para a quadra festiva, que na Praça do Comércio terá quatro dias de espetáculos a assinalar o Ano Novo.
Um programa que se destina a todos, afirmou Fernando Medina, que salienta “o momento particular” desta quadra especial ligada à família e frisa que o programa das festas na capital procura “aumentar o sentimento de partilha, aumentar a relação das pessoas com a cidade” e criar condições para um maior usufruto do espaço público, incluindo o apoio ao comércio local.
Medina salienta a diversidade do programa, das feiras de Natal à pista de gelo, dos concertos de Natal ao videomapping e às iluminações. “Uma cidade animada e em festa”, para todos, diz.
Na sessão intervieram ainda o secretário-geral da autarquia, Laplaine Guimarães, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, a presidente da União das Associações de Comércio e Serviços de Lisboa, Carla Salsinha, o director executivo da Associação de Turismo de Lisboa, Vitor Costa, e o vocalista dos Trovante, Luís Represas.

Feiras, pista de gelo e muita música
A programação é vasta e promete animar a cidade nesta quadra, com atividades para todos. A baixa iluminada e as convidativas montras são o local ideal para um passeios em família e, claro, as compras de Natal. No comércio local mas também nas muitas feiras espalhadas pela cidade, a começar pelo Mercado de Natal que este ano se instala na Praça do Município.
No Terreiro do Paço a pista de gelo faz as delícias de miúdos e graúdos entre 8 e 24 de dezembro, das 12h00 às 24h00.
E não podia faltar o videomapping. "As portas encantadas" marcam o tema deste ano, uma ideia que pretende lembrar o calendário do Avento.
A música invade a cidade e os Concertos de Natal aí estão de novo, este ano também no cinema São Jorge e no Teatro de São Luiz.

Quatro dias para o Ano Novo
O réveillon é, claro, na Praça do Comércio, e às 22h00 do dia 31 lá estarão os Trovante a mandar embora o ano velho, com olhos postos no futuro porque em 2016 comemoram 40 anos de carreira. Muito fogo de artifício ao contar as 12 badaladas, Richie Campbell aquece depois a madrugada, porque o novo ano é para receber em grande.
E que melhor forma de receber o primeiro dia do ano? Fado, claro, com Carminho e António Zambujo às 18h15. Antes, porque a música é rainha neste programa, o palco e o publico recebem Sinfonietta de Lisboa.
Dia 2 continua a festa, todos à Praça do Comércio para aplaudir, cantar e dançar com os D.A.M.A. E continuar, depois, noite fora com os Dj's RFM (DJ Rich + DJ Mendes).
Orquestra Geração marca a manhã do dia 3, às 11h00, à tarde é tempo de ouvir a Banda Sinfónica da PSP (15h00).

Fonte:http://www.cm-lisboa.pt/viver/cultura-e-lazer/noticias/detalhe-da-noticia/article/natal-ja-brilha-em-lisboa

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Lisboa Cultural | Visitas Comentadas de janeiro de 2016 - VCLX‏

Programação das Visitas Comentadas para o mês de janeiro de 2016. As visitas são gratuitas e sujeitas a marcação.

 

Marcações:
-Preferencialmente por e-mail: lisboa.cultural@cm-lisboa.pt (todos os e-mails serão respondidos por ordem de chegada);
- Presencialmente, no primeiro dia útil do mês que antecede as visitas (das 10h30 às 13h);
- Pelo telefone 21 817 05 93 a partir do primeiro dia útil do mês que antecede as visitas (das 14h às 16h);
- Apenas poderá solicitar a marcação para um acompanhante;
- Deverá indicar o nome completo e telefone de cada participante;
- Mensalmente, só é possível a inscrição em três Visitas Comentadas;
- As desistências devem ser comunicadas, no mínimo, com 24 horas de antecedência sob pena de impedimento em futuras inscrições.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Black Friday - Chiado

A Associação de Valorização do Chiado dá início ao Natal no Chiado, a  Black Friday, que decorre sexta-feira, 27 de novembro.
Na próxima edição da Black Friday, promove-se um dia de descontos exclusivos, assinalando assim o início à época de compras de Natal em grande estilo.  
No dia 28 de novembro são inauguradas as iluminações de Natal na Rua Garrett e Rua do Carmo.

Para além destas atividades, a ação conta com um horário alargado, à semelhança dos anos anteriores, bem como muitas atividades a não perder.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

Neste 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, recuperamos um texto de José Saramago intitulado "Problema de Homens":

Problema de Homens (publicado originalmente a 27 de julho de 2009)
Problema de Homens (publicado originalmente a 27 de julho de 2009)
Vejo nas sondagens que a violência contra as mulheres é o assunto número catorze nas preocupações dos espanhóis, apesar de que todos os meses se contem pelos dedos, e desgraçadamente faltam dedos, as mulheres assassinadas por aqueles que crêem ser seus donos.
Vejo também que a sociedade, na publicidade institucional e em distintas iniciativas cívicas, assume, é certo que só pouco a pouco, que esta violência é um problema dos homens e que os homens têm de resolver.
De Sevilha e da Estremadura espanhola chegaram-nos, há tempos, notícias de um bom exemplo: manifestações de homens contra a violência. Até agora eram somente as mulheres quem saía à praça pública a protestar contra os contínuos maus tratos sofridos às mãos dos maridos e companheiros (companheiros, triste ironia esta), e que, a par de em muitíssimos casos tomarem aspectos de fria e deliberada tortura, não recuam perante o assassínio, o estrangulamento, a punhalada, a degolação, o ácido, o fogo. A violência desde sempre exercida sobre a mulher encontrou no cárcere em que se transformou o lugar de coabitação (neguemo-nos a chamar-lhe lar) o espaço por excelência para a humilhação diária, para o espancamento habitual, para a crueldade psicológica como instrumento de domínio.
É o problema das mulheres, diz-se, e isso não é verdade. O problema é dos homens, do egoísmo dos homens, do doentio sentimento possessivo dos homens, da poltronaria dos homens, essa miserável cobardia que os autoriza a usar a força contra um ser fisicamente mais débil e a quem foi reduzida sistematicamente a capacidade de resistência psíquica. Há poucos dias, em Huelva, cumprindo as regras habituais dos mais velhos, vários adolescentes de treze e catorze anos violaram uma rapariga da mesma idade e com uma deficiência psíquica, talvez por pensarem que tinham direito ao crime e à violência. Direito a usar o que consideravam seu. Este novo acto de violência de género, mais os que se produziram neste fim-de-semana, em Madrid uma menina assassinada, em Toledo uma mulher de 33 anos morta diante da sua filha de seis, deveriam ter feito sair os homens à rua.
Talvez 100 mil homens, só homens, nada mais que homens, manifestando-se nas ruas, enquanto as mulheres, nos passeios, lhes lançariam flores, este poderia ser o sinal de que a sociedade necessita para combater, desde o seu próprio interior e sem demora, esta vergonha insuportável. E para que a violência de género, com resultado de morte ou não, passe a ser uma das primeiras dores e preocupações dos cidadãos. É um sonho, é um dever. Pode não ser uma utopia.
In O Caderno, José Saramago 
o-caderno_saramagoFonte: Fundação José Saramago

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A pensar nos fãs de Star Wars

A Google lançou uma ferramenta que permite mudar o aspecto de aplicações como o Gmail, o Google Maps, o YouTube ou o Google Chrome. Os utilizadores são convidados a escolher entre o “Lado da Luz” e o “Lado Negro” da Força.
Clay Bavor, vice-presidente de Gestão de Produto da tecnológica, explica que a novidade é um tributo à saga de George Lucas. Em publicação oficial, o responsável conta que em cima da mesa esteve também a capacidade do Google Translate decifrar as linguagens do universo Star Wars, por exemplo.
O resultado final é fruto de um trabalho conjunto entre a Google e as produtoras Lucasfilm e Disney que levou à criação do Google.com/starwars. Neste espaço, os fãs podem escolher de que lado da Força querem estar e verem as suas aplicações refletirem a opção que tomaram.
Em breve, serão apresentadas mais novidades relacionadas com o sétimo episódio de Star Wars.