terça-feira, 23 de janeiro de 2018

CINEMA MACAU. PASSADO E PRESENTE

“Cinema Macau. Passado e presente” desvenda a pluralidade de olhares sobre Macau durante o século XX bem como após a transição para a administração do território pela China. 
Neste ciclo, com a curadoria da jornalista e crítica de cinema Maria do Carmo Piçarra, são revelados filmes do Arquivo Nacional de Imagens em Movimento (ANIM), da  Rádio e Televisão de Portugal (RTP) e do Centro de Audiovisuais do Exército (CAVE).
Em sete sessões temáticas, entre 7 de Janeiro  e 18 de Fevereiro, a programação começará por revelar a percepção, durante o Estado Novo, de realizadores portugueses – tanto amadores (Antunes Amor) como profissionais que serviram a propaganda (Ricardo Malheiro) – sobre Macau, contrapondo imagens fixadas por cineastas estrangeiros ao serviço do regime, como Miguel Spiguel e Jean Leduc. Mostra também como Manuel Faria de Almeida, um dos fundadores do Novo Cinema português que, posteriormente, ajudou a criar a Televisão de Macau, antecipou as angústias dos residentes no território com a perspectiva da transição da soberania.

Em contracampo a estas visões, apresenta-se a visão contemporânea de jornalistas e das novas gerações de realizadores portugueses, que viveram ou visitaram (Guerra da Mata / João Pedro Rodrigues) ou vivem (Ivo Ferreira) no território, e o de uma realizadora sérvia (Nevena Desivojevic), que filmou, em Lisboa, a rememoração de um aspecto da vivência em Macau. O ciclo integra ainda investigações filmadas, assinadas por jovens jornalistas portugueses (Filipa Queiroz e Hélder Beja), que relevam traços da presença portuguesa durante o século XX.
“Cinema Macau” fixa, finalmente, as inquietações, aspirações e a sensibilidade da primeira geração de realizadores de Macau. Recorrendo a linguagens que vão do ensaio visual à animação, e usando sobretudo o formato da curta-metragem, os novos filmes feitos em Macau, entre outros, por Albert Chu, Leong Kin, Cobi Lou, Hong Heng Fai, Cheong Kin Man e Tracy Choi – de quem será apresentada também a longa-metragem “Irmãs” (Sisterhood) – reflectem as mudanças na paisagem, física e humana. Aqui, os vestígios coloniais servem um certo onirismo e nostalgia, e evidenciam o paralelismo entre o crescimento da ilha e a multiplicação das imagens desta – e do mundo – numa sociedade de ecrãs.

7 Janeiro a 18 Fevereiro | Auditório | 17.00 | Gratuito*
Coordenação e apresentação de Maria do Carmo Piçarra

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A noite das ideias

Nos 50 anos do maio de 68, um dos seus principais slogans “a imaginação ao poder” vai estar presente numa noite cheia de animação, com conferências, debates, performances e muitos convidados que vão passar pelos vários espaços da Fundação. Das 19h à meia-noite, e com entrada livre para todos os eventos, esta “Noite das Ideias” coloca pela primeira vez Lisboa entre as mais de 40 cidades de todo o mundo a participar no projeto do governo francês para celebrar o fluxo de ideias entre países, culturas, temas e gerações.
Quinta-feira 25 de janeiro 19:00 Entrada livre