sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os nossos poetas 2



A morte ganha sempre
Desde o nascer do embrião
Que estamos marcados
Para desaparecer do mundo.

O destino é o percurso
Que escolhemos, que traçamos
desde cedo.

Por mais que nos centrifuguem num mar
De sentimentos
Tudo irá desvanecer-se connosco.

Só apenas meros feitos físicos
Permanecerão na realidade
Mas tudo será em vão.

Porque não sabemos
Nunca o que alcançamos,
Quando atingirmos o momento
De redenção.
Pedro Trindade, 1ºAVe 



Poema do Mar
Enterrei os pés na areia fina e húmida
Numa manhã de inverno.
Eu estava pensativa
A ouvir o som do mar

A ver o mar a enrolar na areia
Nem percebia o que ele me queria dizer
Perguntas sem resposta
Sons sem fim

Um misto de emoções
Deitada na areia
Olhar para o céu

Imaginando o turbilhão
De respostas que ele me poderia dar
Para arrancar este sentimento horrível
Dentro de mim.
Catarina Gouveia, 1ºAVe 


Uma Vida Sentida
Vivo uma vida sem sentido
Criei e sigo o meu caminho
Sinto-me perdido,
Sinto-me sozinho…

Todos os dias vivemos,
Todos os dias sorrimos,
Todos os dias choramos,
Mas nem sabemos a razão de existirmos

A vida é como um deserto
Em que nada é errado e nada é certo
É tudo muito vago
Nunca descobriremos por onde ir

A vida é como um lago
Não sabemos quando pode fluir
É tudo muito confuso
Nunca nos entendemos

A vida tem uso?
Nunca saberemos…
Apenas vivemos
Às vezes até mesmo sem querermos…

Por mais que tenhamos
Queremos sempre mais
Nunca nos contentamos
Queremos demais

A mente humana é incompreensível
O coração humano sensível
O amor destrutível
A vida, uma aventura incrível

Será a vida um jogo?
Uma corrida para a morte…
Entre a água e o fogo
Prefiro escolher à sorte…
 Firoz, 1ºAVe



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