Os poemas a concurso para o Plano Nacional de Leitura 2014, mais concretamente para o «Faça lá um poema» foram estes:
1.
Quando quero,
não consigo
rimar.
Nem mesmo
consigo,
por vezes,
improvisar.
As palavras são
como um jogo
ousado,
que, por vezes,
deixam-me irado.
O que eu hei
de fazer
para as entender?
Quando as quero
escrever
simplesmente,
acabam por
desvanecer.
2.
A luz na
questão
Eu não sei o que
sinto
Se é ódio, se é
paixão,
Mas numa coisa eu
não minto,
É que é do
coração.
Princesa do
castelo,
Um sorriso tão
brilhante,
Cabelo loiro tão
belo,
És a minha
estrela cintilante.
Quando passas
fico atrapalhado,
Pasmo, sem saber
o que dizer,
Com o coração
acelerado,
Fico sem saber o
que fazer.
Pensava
conseguir-te esquecer,
De ir dormir e
nem pensar,
Mas como vou eu
fazer?
Se és tu que me
pões a sonhar.
Por fim tirei uma
conclusão,
Que explica todo
este calor.
Não é ódio, nem
paixão,
Mas o que sinto é
amor.
3.
A Crise
Ando a pagar
Para estudar,
Sabendo que tenho
de emigrar
Para poder
trabalhar.
Vejo pessoas no
desemprego,
Com família para
sustentar
E casa para
pagar.
Nas notícias só
se ouve falar
Que o desemprego
está a subir
E os Portugueses
estão a fugir,
Onde é que isto
vai parar?
Quando acabar a
escola
Para que país hei
de ir
Brasil, França,
Angola,
Ainda tenho que
decidir.
4.
35min. de
autocarro
Entro, sento-me,
observo e penso.
Para onde será
que vão todas estas pessoas?
Vão para o
trabalho ou voltam de uma saída à noite que se prolongou?
Se vão para o
trabalho será que é realmente o que desejavam fazer na vida?
Ou será que ainda
têm o Grande sonho por alcançar?
Vejo-os tão
apressados, parece que não param…
Não têm tempo.
Não têm tempo
para apreciar tudo o que os rodeia.
Não têm tempo
para pensar como uma caneta é feita
Ou como apareceu
o planeta?
Vejo sorrisos,
porém não sei se são falsos ou verdadeiros.
Questiono-me
sobre o que é que a rapariga que está na paragem pensa,
Ou por onde andou
durante os seus dezassete ou dezoito anos?
Vejo grupos de
amigos tão unidos e descontraídos,
Pergunto-me o
porquê de não ter um grupo assim?
Nós, Humanos,
somos tão distraídos e egoístas,
Pensamos sempre
só em nós mesmo quando dizemos o contrário…
Acho que nunca
vamos poder mudar este aspeto.
Há vezes em que
pensamos demais e vezes em que não pensamos de todo.
Como durante esta
viagem que se tornou uma rotina:
O mesmo caminho,
á mesma hora, com as mesmas opiniões.
Temos cabeças tão
simples, mas pensamentos tão complicados!
O poema 4 foi selecionado para representar-nos!
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