quinta-feira, 20 de março de 2014

Desafio

Os poemas a concurso para o Plano Nacional de Leitura 2014, mais concretamente para o «Faça lá um poema» foram estes:

1.

Quando quero,
não consigo rimar.
Nem mesmo consigo,
por vezes, improvisar.

As palavras são
como um jogo ousado,
que, por vezes,
deixam-me irado.

O que eu hei
de fazer
para as entender?

Quando as quero
escrever simplesmente,
acabam por desvanecer.

2.
A luz na questão

Eu não sei o que sinto
Se é ódio, se é paixão,
Mas numa coisa eu não minto,
É que é do coração.

Princesa do castelo,
Um sorriso tão brilhante,
Cabelo loiro tão belo,
És a minha estrela cintilante.

Quando passas fico atrapalhado,
Pasmo, sem saber o que dizer,
Com o coração acelerado,
Fico sem saber o que fazer.

Pensava conseguir-te esquecer,
De ir dormir e nem pensar,
Mas como vou eu fazer?
Se és tu que me pões a sonhar.

Por fim tirei uma conclusão,
Que explica todo este calor.
Não é ódio, nem paixão,
Mas o que sinto é amor.



3.
A Crise

Ando a pagar
Para estudar,
Sabendo que tenho de emigrar
Para poder trabalhar.

Vejo pessoas no desemprego,
Com família para sustentar
E casa para pagar.

Nas notícias só se ouve falar
Que o desemprego está a subir
E os Portugueses estão a fugir,
Onde é que isto vai parar?

Quando acabar a escola
Para que país hei de ir
Brasil, França, Angola,
Ainda tenho que decidir.



4.
35min. de autocarro  

Entro, sento-me, observo e penso.
Para onde será que vão todas estas pessoas?
Vão para o trabalho ou voltam de uma saída à noite que se prolongou?
Se vão para o trabalho será que é realmente o que desejavam fazer na vida?
Ou será que ainda têm o Grande sonho por alcançar?
Vejo-os tão apressados, parece que não param…
Não têm tempo.
Não têm tempo para apreciar tudo o que os rodeia.
Não têm tempo para pensar como uma caneta é feita
Ou como apareceu o planeta?
Vejo sorrisos, porém não sei se são falsos ou verdadeiros.
Questiono-me sobre o que é que a rapariga que está na paragem pensa,
Ou por onde andou durante os seus dezassete ou dezoito anos?
Vejo grupos de amigos tão unidos e descontraídos,
Pergunto-me o porquê de não ter um grupo assim?
Nós, Humanos, somos tão distraídos e egoístas,
Pensamos sempre só em nós mesmo quando dizemos o contrário…
Acho que nunca vamos poder mudar este aspeto.
Há vezes em que pensamos demais e vezes em que não pensamos de todo.
Como durante esta viagem que se tornou uma rotina:
O mesmo caminho, á mesma hora, com as mesmas opiniões.
Temos cabeças tão simples, mas pensamentos tão complicados!

O poema 4 foi selecionado para representar-nos!







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