A Câmara de Sintra assinou o protocolo para a criação do Centro UNESCO, que
irá promover os programas da organização, cujos valores foram enfatizados e
transportados para a atualidade devido aos atentados em Paris. A cerimónia de
assinatura do protocolo começou com um minuto de silêncio decretado pelo
presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, que, no seu discurso, lembrou a
missão da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) de estabelecer a paz e desenvolver a solidariedade mundial.
O autarca afirmou que “os objetivos de Sintra e da UNESCO confundem-se” e
mostrou-se “orgulhoso” por Sintra ter sido escolhida para acolher as
comemorações portuguesas dos 70 anos da organização.
No ano em que Sintra celebra também os seus 20 anos de classificação como
Paisagem Cultural, o município firmou o protocolo para criação do Centro
UNESCO, uma estrutura que, segundo Basílio Horta, irá “contribuir para a
formação cívica e democrática dos seus membros, apoiar os Direitos Humanos,
favorecer a compreensão internacional e o diálogo entre povos e difundir a
informação da UNESCO a nível local”.
A presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Ana Martinho, sublinhou que os
valores da organização, assentes na Educação, Ciência, Cultura, “a fim de
assegurar a justiça universal”, mostram a “chamada permanente à realidade
devido à dolorosa atualidade”, referindo-se aos atentados terroristas de
sexta-feira em Paris. “Este é o momento para reafirmar e interiorizar os nossos
valores”, sustentou a embaixadora.
Sobre o Centro UNESCO, Ana Martinho frisou que se irá juntar a 4.000
estruturas que já existem em todo o mundo e 41 no país.
O presidente do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d’Oliveira Martins, sublinhou
que a UNESCO tem um “papel fundamental no diálogo entre culturas e
civilizações”.
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